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domingo, janeiro 04, 2009

Iraque

Mais um excelente slideshow disponível no site do The New York Times. Desta vez um slideshow com fotos de três fotojornalistas, João Silva, Max Becherer e Franco Pagett, que têm feito a cobertura da maior parte desta guerra e a sua conversa onde falam das dificuldades e de como é fotografar no Iraque.
Podem ver AQUI

terça-feira, dezembro 16, 2008

5 horas em Cabul, Afeganistão

Como tinha prometido no post anterior aqui fica o meu projecto multimédia das 5 horas que estive em Cabul. No filme e fotos mostro uma viagem de helicoptero sobre Cabul e digamos na segunda parte uma viagem de jipe em Cabul. As fotos foram feitas com a Canon EOS 1D Mark IIN e o vídeo foi feito com a Panasonic DMC-LX3. Antes de ir inventei uma maneira de fixar a pequena Panasonic por cima da Canon, encaixando no lugar do Flash. Assim pude fotografar e filmar ao mesmo tempo, com a possibilidade de usar o flash externo da Canon caso precisasse!!! O unico senão é que quando fotografava ao alto esse bocado de filme não dava para usar.
Dum futuro post publico uma foto da "engenhoca". Já idealizei um suporte mesmo próprio e um pouco mais pequeno que em breve vou construir.
Fica aqui o filme e depois podem se quiserem ler abaixo o texto escrito pelo meu colega jornalista André Ferreira sobre a sua visão de Cabul.
Agradeço comentários e sugestões.
P.S. Deixem o video carregar até ao fim para não ter pausas.


Kabul - Afghanistan Cabul - Afeganistão from migufu on Vimeo.

Cabul é hoje uma cidade à procura do seu destino, que muito lentamente começa a recuperar dos bombardeamentos que durante meses a fio a destruíram quase por completo.
Do ar, o Afeganistão é de uma dureza incrível, um país quase todo constituído por cadeias montanhosas áridas e geladas, sem vida.
Uma dureza que também se sente nas pessoas de Cabul, onde a água potável praticamente não existe e a esperança média de vida é de 43 anos.
Toda a cidade, uma planície a 2100 metros acima do nível do mar, rodeada de montanhas cobertas de neve, está debaixo de um manto de poeira que entra pela boca, pelo nariz e pelos olhos.
O cheiro vindo do rio Cabul, um esgoto a céu aberto completamente seco, mistura-se com o frio.
Cabul é nesta altura do ano uma cidade com temperaturas que variam entre mais de 20 graus e os 6 graus negativos à noite, ainda à espera dos nevões de um Inverno sempre rigoroso.
Fora do KAIA, o aeroporto de onde descolam e aterram aeronaves das forças internacionais estacionadas em Cabul, as casas em redor do centro da capital confundem-se com o próprio chão, escuro e lamacento, o lixo acumula-se em fossos que fazem a vez de passeios.
Aqui e ali vêem-se sinais da ocupação soviética da década de 1980, edifícios antigos parcialmente destruídos ou abandonados.
A cada esquina os sinais de pobreza extrema e a inexistência de quaisquer infra-estruturas tornam-se mais evidentes.
Actualmente há mais de 50 mil militares de 41 países no Afeganistão e as bases militares tentam integrar-se com as populações locais.
Soldados e locais convivem diariamente no interior de Camp Warehouse e do quartel-general da Força Internacional de Assistência à Segurança (ISAF), cheios de mercados afegãos.
As forças internacionais contratam afegãos para as mais diversas funções junto dos contingentes, mas o desenvolvimento tarda em chegar.
O cultivo da papoila continua a dominar a economia por todo o território, com as plantações visíveis a poucos quilómetros do centro de Cabul.
Duas vezes por ano, na altura das colheitas da papoila, o número de desertores nas forças afegãs aumenta consideravelmente.
Com a insurreição talibã a mostrar cada vez mais a sua força, com ataques diários a sul, este e oeste e com o cerco à capital a apertar-se, o sucesso da missão da NATO e dos Estados Unidos e a viabilidade do Afeganistão como país autónomo e estável é uma incógnita.
Ao percorrer as estradas da capital sente-se a tensão e ansiedade, à espera do próximo ataque surpresa.
Fora das bases militares e do aeroporto, as ruas de Cabul vivem o bulício dos países muçulmanos, com as aparelhagens nas bermas a tocar músicas em ‘pastó’ e crianças a lançarem papagaios ao vento.
Mas toda esta agitação é tristonha, sem alegria.
Vistos da janela de um carro, também os habitantes de Cabul parecem vaguear perdidos pelas estradas e ruas da cidade, caminhando sem direcção, à procura do seu ainda longínquo futuro.

quinta-feira, novembro 27, 2008

Crise no Congo

O Boston Globe's The Big Picture apresenta mais um conjunto de imagens do conflito no Congo realizadas por vários fotografos. Eu já tinha aqui no blog divulgado à duas semanas umas imagens do conflito que a cada dia que passa está a endurecer. Podem ver AQUI as Imagens