sábado, julho 24, 2010

Angola - Lubango e Serra da Leba

Num dos dias fomos ao Lubango, Província da Huila. No aeroporto fomos recebidos com danças de uma tribo local e por uma multidão, principalmente miúdos das escolas que no percurso do aeroporto até à casa do Governador que são 7km nos acenavam com bandeirinhas e gritavam de alegria.
Ouve um momento emocionante na Universidade de Mandume, quando o Grupo Coral da Huila com cerca de 40 elementos cantou o Hino Nacional Português, mas na sua versão completa e muito bem cantado. Foi a primeira vez que me caíram lágrimas ao ouvir o nosso hino, talvez por estar longe de quem amo, talvez pela emoção da viagem mas não fui só eu, quando olhei à volta na sala estava muita gente de lágrima no olho.
Depois desse belo momento e de um almoço rápido pelo menos para mim pois aproveitei para ligar o receptor de satélite Bgan, tratar e enviar as fotos da manhã. Contei com a ajuda de dois amigos locais o Carlitos e o Frezniro que me ajudaram a arranjar corrente e me trouxeram a valiosa água pois onde encontrei o sinal de satélite forte o suficiente para mandar as fotos foi à torreira do Sol.
Depois partimos mais uma vez de mini-bus para a Serra da Leba, já me tinham dito que era um dos locais mais bonitos que iríamos visitar e confirmou-se. A Serra é lindíssima, só tenho pena a termos visitado à hora que foi pois o Sol estava a pique e a luz não era a melhor para captar a beleza do local, que segundo o meu colega Manuel Almeida, fica com tons laranja ao final do dia. No caminho também estavam crianças a acenar com bandeirinhas. Na Serra fomos recebidos com danças tradicionais do grupo Kamatembas da Humpata da tribo Mumuilas, as suas danças eram muito engraçadas e eles nada se intimidaram com as nossas cameras fotográficas.
Já quando me ia embora decidi fazer um retrato junto a um deles um velhote quase sem dentes mas com um sorriso enorme, que depois de tirar o retrat me disse: "tem médalhá de Pórtugal, dá-mé umá médalhá de Pórtugal" fiquei super espantado pelo seu bom Português, infelizmente não tinha nenhuma moeda no bolso nem tinha tempo para ir ao mini-bus e voltar para lhe dar pois já estavam à minha espera para partirmos.
E assim foi mais um dia em Angola.












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