O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, no meio de uma pequena multidão, de antigos combatentes e de jornalistas, hoje à saída da sua visita à Associação de Deficientes das Forças Armadas
Na noite de 6 de Dezembro, dois policias das forças especiais Gregas confrontaram um pequeno grupo de jovens. Os detalhes exactos do que se passou ainda estão por esclarecer. A única coisa que se sabe é que um dos policias disparou três tiros, e uma das balas atingiu mortalmente o jovem Alexander Grigoropoulos. Este incidente foi o rastilho para o inicio de violentos confrontos e manifestações um pouco por toda a Grécia. As manifestações e violencia que começou motivada pela morte do jovem, alastraram-se a outros problemas sociais e económicos que afectam a Grécia tais como reforma educativa, estagnação económica, corrupção governamental, etc. Mais uma vez o blog de Alan Taylor The Big Picture no site Boston.com apresenta uma série de 37 excelentes fotos de vários fotógrafos. Podem ver AQUI
Como tinha prometido no post anterior aqui fica o meu projecto multimédia das 5 horas que estive em Cabul. No filme e fotos mostro uma viagem de helicoptero sobre Cabul e digamos na segunda parte uma viagem de jipe em Cabul. As fotos foram feitas com a Canon EOS 1D Mark IIN e o vídeo foi feito com a Panasonic DMC-LX3. Antes de ir inventei uma maneira de fixar a pequena Panasonic por cima da Canon, encaixando no lugar do Flash. Assim pude fotografar e filmar ao mesmo tempo, com a possibilidade de usar o flash externo da Canon caso precisasse!!! O unico senão é que quando fotografava ao alto esse bocado de filme não dava para usar. Dum futuro post publico uma foto da "engenhoca". Já idealizei um suporte mesmo próprio e um pouco mais pequeno que em breve vou construir. Fica aqui o filme e depois podem se quiserem ler abaixo o texto escrito pelo meu colega jornalista André Ferreira sobre a sua visão de Cabul. Agradeço comentários e sugestões. P.S. Deixem o video carregar até ao fim para não ter pausas.
Cabul é hoje uma cidade à procura do seu destino, que muito lentamente começa a recuperar dos bombardeamentos que durante meses a fio a destruíram quase por completo. Do ar, o Afeganistão é de uma dureza incrível, um país quase todo constituído por cadeias montanhosas áridas e geladas, sem vida. Uma dureza que também se sente nas pessoas de Cabul, onde a água potável praticamente não existe e a esperança média de vida é de 43 anos. Toda a cidade, uma planície a 2100 metros acima do nível do mar, rodeada de montanhas cobertas de neve, está debaixo de um manto de poeira que entra pela boca, pelo nariz e pelos olhos. O cheiro vindo do rio Cabul, um esgoto a céu aberto completamente seco, mistura-se com o frio. Cabul é nesta altura do ano uma cidade com temperaturas que variam entre mais de 20 graus e os 6 graus negativos à noite, ainda à espera dos nevões de um Inverno sempre rigoroso. Fora do KAIA, o aeroporto de onde descolam e aterram aeronaves das forças internacionais estacionadas em Cabul, as casas em redor do centro da capital confundem-se com o próprio chão, escuro e lamacento, o lixo acumula-se em fossos que fazem a vez de passeios. Aqui e ali vêem-se sinais da ocupação soviética da década de 1980, edifícios antigos parcialmente destruídos ou abandonados. A cada esquina os sinais de pobreza extrema e a inexistência de quaisquer infra-estruturas tornam-se mais evidentes. Actualmente há mais de 50 mil militares de 41 países no Afeganistão e as bases militares tentam integrar-se com as populações locais. Soldados e locais convivem diariamente no interior de Camp Warehouse e do quartel-general da Força Internacional de Assistência à Segurança (ISAF), cheios de mercados afegãos. As forças internacionais contratam afegãos para as mais diversas funções junto dos contingentes, mas o desenvolvimento tarda em chegar. O cultivo da papoila continua a dominar a economia por todo o território, com as plantações visíveis a poucos quilómetros do centro de Cabul. Duas vezes por ano, na altura das colheitas da papoila, o número de desertores nas forças afegãs aumenta consideravelmente. Com a insurreição talibã a mostrar cada vez mais a sua força, com ataques diários a sul, este e oeste e com o cerco à capital a apertar-se, o sucesso da missão da NATO e dos Estados Unidos e a viabilidade do Afeganistão como país autónomo e estável é uma incógnita. Ao percorrer as estradas da capital sente-se a tensão e ansiedade, à espera do próximo ataque surpresa. Fora das bases militares e do aeroporto, as ruas de Cabul vivem o bulício dos países muçulmanos, com as aparelhagens nas bermas a tocar músicas em ‘pastó’ e crianças a lançarem papagaios ao vento. Mas toda esta agitação é tristonha, sem alegria. Vistos da janela de um carro, também os habitantes de Cabul parecem vaguear perdidos pelas estradas e ruas da cidade, caminhando sem direcção, à procura do seu ainda longínquo futuro.
Acabei de chegar de Cabul no Afeganistão. Foi uma visita relâmpago às nossas tropas que lá estão em missão. Fica aqui uma foto para aduçar o "apetite". Podem espreitar mais no meu Flickr onde já coloquei algumas fotos. Aqui no Blog em breve colocarei um video que filmei lá, mais fotos e um texto. Até já.