Souto Moura - Prémio Pritzker 2011

Ontem fotografei o Arquitecto Eduardo Souto Moura, após ser laureado com o prémio Pritzker 2011 o "Nobel da Arquitectura". Na conferência de imprensa falou sobre o prémio e sobre arquitectura onde disse "Nunca pensei ganhar o prémio Pritzker......Praticamente só trabalho lá fora. Estou a ficar cansado e não é razoável. Em Portugal não há emprego está tudo a emigrar. Temos bons arquitectos e a chamada geração à rasca está mesmo à rasca. E não há para onde ir. O único sítio para onde os arquitectos portugueses estão a ir é para a Suíça e para o Brasil."
No final da conferência de imprensa pedi-lhe para fazer um retrato só ao seu rosto ao que acedeu com simpatia.



Artur Agostinho

Em dezembro do ano passado eu mais dois colegas fomos entrevistar Artur Agostinho, três dias antes de completar 90 anos.

Foi uma entrevista simpática onde nos falou da sua vida e dos projectos para o futuro. Disse-nos que estava muito entusiasmado com o Facebook e até me adicionou como amigo uns dias mais tarde!!! Falou-nos que por vezes se sentia triste ao olhar para fotos antigas e ver que apenas ele entre os amigos presentes nas fotos estava vivo. Estava muito entusiasmado pela condecoração que iria receber do presidente da República uns dias mais tarde, mas com o seu sorriso maroto disse que "ainda não podem dizer nada!!!"

Fica aqui um dos retratos que fiz no final da entrevista e a minha pequena homenagem a Artur Agostinho

Ingrid Betancourt

Esta semana fui fotografar a Franco-Colombiana Ingrid Betancourt, ex-candidata presidencial da Colômbia que foi raptada em 2002 pela FARC na sua campanha para as eleições presidenciais e esteve em cativeiro 6 anos e 4 meses.
A entrevista foi num hotel em Lisboa e foi muito interessante, Ingrid falou do seu novo livro "Até o Silêncio Tem Um Fim" e do tempo em que esteve prisioneira.
Apesar de tudo o que passou Ingrid disse-nos que soube perdoar e encontrar a sua paz e isso nota-se na sua serenidade e simpatia.
Queria fazer-lhe algumas fotos sem ser apenas as que tirei durante a entrevista e no final da mesma falei com ela em espanhol e disse-lhe que tinha vivido um ano no México ao que ela sorriu e disse que adorava o México.
Pedi-lhe para ir à janela e espreitar lá para fora com a mesma fechada, achei que o Hotel poderia ser o seu cativeiro e a rua a liberdade depois pedi-lhe para lhe fazer uma foto só ao rosto e ao seu olhar.
Como nunca faço só um disparo em ambos os casos a Ingrid fechou os olhos. Depois de uma edição mais calma decidi fazer um "combo" com as fotos de olhos abertos e de olhos fechados. Gosto de ambas e por isso as deixo aqui.